OPERAÇÃO ÁGATA
Comando Conjunto inspeciona Forças Componentes na fronteira Oeste
Uma comitiva do Comando Operacional Conjunto Ágata (Cmd Op Cj Ágata), sediado na Base Aérea de Campo Grande (BACG), cumpriu, entre os dias 05 e 09/09, uma agenda de visitas às estruturas das Forças Componentes Conjuntas, da Marinha do Brasil (MB) e do Exército Brasileiro (EB), em Mato Grosso (MT) e Mato Grosso do Sul (MS). O Comandante da Operação Ágata, Major-Brigadeiro do Ar Luiz Cláudio Macedo Santos, reuniu-se com os chefes das Forças Armadas e autoridades dos Órgãos de Segurança Pública envolvidos, a fim de vistoriar, in loco, os Pontos de Bloqueio e Controle de Estradas (PBCEs), ações e resultados, bem como as estruturas e os meios empregados no combate aos ilícitos transfronteiriços no âmbito da Operação.
“A nossa ida até Cáceres e depois a Corumbá tem a finalidade de exercemos a supervisão junto às Forças Componentes do Comando de Conjunto, com os órgãos de segurança pública, chegando até a ponta da linha na região de fronteira”, destacou o Major-Brigadeiro Macedo. O Chefe do Estado-Maior (ChEM) Conjunto, General de Brigada Márcio Luis do Nascimento Abreu Pereira, também acompanhou a agenda.
Na quinta-feira (05/09), em Cáceres (MT), a comitiva realizou visitas aos postos do Grupo Especial de Segurança de Fronteira (GeFron) da Polícia Militar de Mato Grosso, próximo à fronteira com San Matias (Bolívia), e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), local onde ocorreu apreensão de uma significativa quantidade de drogas, dias antes.
No mesmo dia, em solo Sul-Mato-Grossense, a comitiva acompanhou, em Corumbá (MS), o trabalho de revistas de ônibus e bagagens, com apoio de cães farejadores e do Batalhão de Polícia local, no Posto de Fiscalização do Lampião Aceso, às margens da BR 262, que liga Corumbá (MS) e Campo Grande (MS). Nesse ponto, ocorrem frequentes flagrantes de transporte de ilícitos.
Em continuidade à supervisão na Força Terrestre Componente (FTC) Pantanal, na manhã de sexta-feira (06/09), a equipe do Comando Conjunto conheceu o trabalho de vigilância fluvial, no Rio Paraguai, realizado pelo efetivo do Décimo Sétimo Batalhão de Fronteira (17º B Fron) e vistoriou atividades realizadas pela Receita Federal (RF), no Posto de Fiscalização Esdras. No perímetro, entre o posto e à linha de fronteira com a Bolívia, o grupo analisou uma trilha usada como rota alternativa para circulação de ilícitos, conhecida como “Trilha do Gaúcho”.
A segunda etapa das visitas de sexta-feira ocorreu na área de atuação no Sexto Distrito Naval (6º DN), em Ladário (MS). Na oportunidade, o Comandante Conjunto e o ChEM sobrevoaram a área operacional, incluindo Tamengo (um canal que faz fronteira entre Brasil e Bolívia) e a Estrada do Jacadigo. Os Oficiais-Generais ainda conheceram uma emblemática embarcação empregada na Operação, o M Parnaíba U 17, navio de guerra mais antigo do mundo em atividade militar.
Por fim, na segunda-feira (09/09), a última inspeção da agenda foi realizada em Ponta Porã (MS). Nessa região, destaca-se a atuação integrada entre as tropas brasileiras e o Exército Paraguaio, que operam de forma alinhada em suas respectivas circunscrições territoriais.
“Estamos aprendendo com o Brasil, a partir de operações como a Operação Ágata, como fazer um ótimo planejamento. Nós estamos melhorando nossas ações. A mensagem que queremos passar ao crime organizado é que estamos fazendo operações espelhadas”, enfatizou o General de Brigada do Exército Paraguaio, Odon Crispin Riquelme Acuña.
“O amadurecimento das instituições em entender que o compartilhamento das informações é fundamental para termos essa integração, como estamos tendo com o Exército Paraguaio, é muito importante”, completou, ChEM do Comando Conjunto, General Abreu.
Além do briefing situacional, a comitiva conheceu alguns dos meios empregados, tais como: o Guarani, uma viatura blindada de transporte de pessoal sobre rodas; e o Sistema Combatente Brasileiro (COBRA), um programa de modernização do equipamento de combate individual dos soldados do EB. O posto fiscal Pacuri, localizado na BR 463, foi mais um PBCE vistoriado pela equipe do Comando Conjunto.
A Operação Ágata Oeste compõe o Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), do Governo Federal, e é caracterizada por ações integradas entre as Forças Armadas e diversos órgãos de segurança pública e de fronteira, incluindo agências federais e estaduais. Essa colaboração visa garantir uma resposta coordenada e eficiente às ameaças na região.
Nesta edição, são empregados 1,7 mil militares e utilizadas 12 aeronaves, 16 embarcações e 217 viaturas, além do satélite do Projeto Lessonia e da Aeronave Remotamente Pilotada Hermes RQ-900, que permitirá uma vigilância mais eficaz e abrangente da área de operação.
Fotos: Soldado Laube / CECOMSAER





